Por Manuel Silva
Em declarações ao DN do passado dia 10/8/2005, o marido de Bárbara Guimarães, candidato à CM de Lisboa, afirmava ser a candidatura de Mário Soares à Presidência da República um mau sinal do sistema político português. No dia seguinte, já dizia apoiar a candidatura do primeiro líder do PS.
Afirmações destas não se devem apenas ao facto de estarmos na chamada "silly season", pois outras contradições no governo e no PS são o prato do dia, como os impostos que não subiam e subiram, o assalto político à direcção da CGD, ao contrário do prometido por Sócrates em campanha quanto a escolhas para lugares políticos, etc, etc.
Tudo isto não faz lembrar ao leitor a descoordenação do governo santanista? Não se enganou quem disse (eu fui uma dessas pessoas) ser Sócrates o Santana Lopes do PS.
Razão tem o director do EXPRESSO, José António Saraiva, quando afirma no último número daquele semanário: "a verdade é que, apesar de termos um governo há apenas 5 meses, que ainda por cima, dispõe de uma confortável maioria absoluta, já pouca gente acredita no seu êxito".
Enquanto os fogos se propagam, o primeiro-ministro está bem instalado em paragens africanas. Durante duas semanas, segundo António Costa, contactou o governo por mais de 2 vezes...
[Artigo datado de 14/08/2005]