25.10.06

Há uma antiquíssima tradição de ignorância e, até, de desprezo pela vida pré-natal, que influencia a consciência das pessoas. Na tradição do direito civil, por exemplo, não é concedida personalidade jurídica ao bebé antes de ele nascer. Ou seja, pesa na sociedade e nas suas instituições a desvalorização da vida intra-uterina. Por isso, chamar criminoso a quem defenda o "sim" no próximo referendo é injusto e contraproducente. Há, de facto, uma ausência de unanimidade em todo o mundo sobre o estatuto do feto, o que requer um debate sério sobre o problema. Uma discussão de boa-fé e não gritarias histéricas.