Existem momentos em que nos sentimos vingados. Aconteceu recentemente, quando o "Courrier International" explicou ao mundo que dormir emagrece. Ou, inversamente, dormir pouco engorda muito. Não que eu não soubesse já: o segredo da minha elegância resume-se numa palavra. Cama. Ou, se quiserem, duas: manhã e ginástica. Nunca as conheci. O problema é saber se o mundo está interessado em ouvir essas verdades.
Se não está, deveria: de acordo com um estudo da Universidade do Illinois, também publicado pelo "Courrier", soube-se agora que os gordos contribuem para o aquecimento global. Não necessariamente pela libertação de gás metano, como acontece com a pecuária de grande porte (sobretudo em França, onde 20 milhões de vacas lançam anualmente 38 milhões de toneladas de gases para a atmosfera).
Mas porque o transporte dos gordos implica um consumo energético que será, a prazo, incomportável para o ambiente. Que fazer? Honestamente, só vejo um caminho: elevar o sono (e a sesta) a medida de prevenção ecológica. Eu, confesso, estou disposto a dar o meu contributo.