17.8.07
O "circuito da febra" tem sentido num partido popular em que muita gente nunca poderia ver um "notável" ou dizer umas verdades a um ministro se não fosse a ocasião da "febra". A questão é que nem deveria ser este o único circuito, nem ser este circuito o sinal da "militância" do "estar com as bases". Deveria haver um circuito das universidades, um circuito das tecnologias, um circuito dos livros, um circuito dos professores, dos médicos, dos enfermeiros, dos operários especializados, noutros sítios, noutros locais, noutras ecologias e de outras formas. E não há. É por não haver estes "circuitos" que a auto-imagem do partido não descola das "febras", onde, bem vistas as coisas, vão sempre os mesmos há muitos anos.