Duas crianças ciganas, de 11 e 13 anos, morreram na praia de Torregaveta, perto de Nápoles. A mesma cidade onde acampamentos ciganos foram recentemente incendiados. As raparigas morreram afogadas. Duas foram salvas por nadadores-salvadores, as outras duas morreram. Os cadávares ficaram na praia durante uma hora. E o que causou espanto nas pessoas mais normais foi que, contrariamente ao que seria de esperar, praticamente nenhum banhista se incomodou e continuou, com as duas crianças mortas o seu dia normal de lazer. Os banhistas indiferentes continuaram a apanhar Sol, a jogar à bola e a petiscar no bar da praia, a poucos metros dos cadáveres. «Estas são as imagens da nossa cidade que não queríamos ver», afirmou Crescenzo Sepe, o arcebispo de Nápoles, que considerou que a ideia que as fotos dão de Nápoles é pior do que aquela que percorreu o mundo por causa da crise de lixo. Talvez para alguns daqueles banhistas a diferença seja pouca.