...[o PSD] experimentou Santana Lopes, Marques Mendes e Menezes. Muitos pensaram — eu também — que só o baronato mais urbano, empresarial e cavaquista poderia já restabelecer a indispensável coesão. Cruel engano. Na hora da verdade, um deserto de disponibilidades e capacidades obrigou a recorrer a uma líder relutante por temperamento, dispersiva nos interesses, omissiva na estratégia e ferida no currículo. A qual, como aqueles seus antecessores, entre tropeçar nos próprios erros e andar a fugir às ciladas dos seus rivais internos, não consegue correr os cem metros em linha recta nos quais o eleitorado vislumbra um caminho e entrevê um objectivo.