O DESAPARECIMENTO DA "OLÁ" E O PAÍS DE CIMA
Por Manuel Silva
Por Manuel Silva
Há mais de 20 anos, o jornal SEMANÁRIO, de cuja administração era presidente Marcelo Rebelo de Sousa, criou uma revista chamada "Olá", que acompanhava todas as semanas aquele periódico. Recentemente, tal revista cessou a sua publicação.
A "Olá" era uma imitação da espanhola "Holla", destinada a gente fina ou "guapa", como se diz no país vizinho. Não se metia na vida privada dessa gente, como faz muita da imprensa cor de rosa de hoje. Divulgava os casamentos, nascimentos, baptizados e festas daquelas pessoas.
Nada me move contra esse tipo de revistas, embora também não pertençam ao meu tipo de leitura preferida. Só que, Marcelo Rebelo de Sousa, quando líder do PSD, procurou, na efémera AD que criou com Portas, curiosamente, um dos homens que mais trabalhou para derrotar anteriormente o PSD, dando o poder ao PS, quando director do "Independente", transformar tal coligação, pelas posições assumidas e pelas pessoas que a dirigiam, bem como aos partidos seus integrantes, numa representação da gente que vinha na "Olá": bastante rica, da direita tradicional, betinhos, queques, tias da linha, etc. Como dizia então Pacheco Pereira, a AD, finda em bom e devido tempo, encarnava o país dos "de cima".
Não é essa a matriz política do PSD. Desde Sá Carneiro sempre se assumiu como um partido inter-classista, conciliador de empresários e trabalhadores, bem como da livre iniciativa e da propriedade privada com a justiça social, a solidariedade, a luta contra a pobreza e a igualdade de oportunidades. Quando deixar de o ser - e correrá sérios riscos disso mesmo se Marcelo for um dia seu líder - estará condenado a enfraquecer ainda mais e, quem sabe?, a desaparecer.
Para que tal não aconteça, sociais-democratas, recusemos a falsa unidade proposta por Marcelo e elejamos para a liderança do partido Pedro Passos Coelho, o único dirigente capaz, presentemente, de modernizar o partido, adaptando a sua ideologia de sempre às novas realidades. Como costumo afirmar, ele poderá ser o nosso Tony Blair, operando no PSD uma mudança idêntica à que aquele provocou no Partido Trabalhista Britânico, conduzindo a social democracia portuguesa à vitória.
A "Olá" era uma imitação da espanhola "Holla", destinada a gente fina ou "guapa", como se diz no país vizinho. Não se metia na vida privada dessa gente, como faz muita da imprensa cor de rosa de hoje. Divulgava os casamentos, nascimentos, baptizados e festas daquelas pessoas.
Nada me move contra esse tipo de revistas, embora também não pertençam ao meu tipo de leitura preferida. Só que, Marcelo Rebelo de Sousa, quando líder do PSD, procurou, na efémera AD que criou com Portas, curiosamente, um dos homens que mais trabalhou para derrotar anteriormente o PSD, dando o poder ao PS, quando director do "Independente", transformar tal coligação, pelas posições assumidas e pelas pessoas que a dirigiam, bem como aos partidos seus integrantes, numa representação da gente que vinha na "Olá": bastante rica, da direita tradicional, betinhos, queques, tias da linha, etc. Como dizia então Pacheco Pereira, a AD, finda em bom e devido tempo, encarnava o país dos "de cima".
Não é essa a matriz política do PSD. Desde Sá Carneiro sempre se assumiu como um partido inter-classista, conciliador de empresários e trabalhadores, bem como da livre iniciativa e da propriedade privada com a justiça social, a solidariedade, a luta contra a pobreza e a igualdade de oportunidades. Quando deixar de o ser - e correrá sérios riscos disso mesmo se Marcelo for um dia seu líder - estará condenado a enfraquecer ainda mais e, quem sabe?, a desaparecer.
Para que tal não aconteça, sociais-democratas, recusemos a falsa unidade proposta por Marcelo e elejamos para a liderança do partido Pedro Passos Coelho, o único dirigente capaz, presentemente, de modernizar o partido, adaptando a sua ideologia de sempre às novas realidades. Como costumo afirmar, ele poderá ser o nosso Tony Blair, operando no PSD uma mudança idêntica à que aquele provocou no Partido Trabalhista Britânico, conduzindo a social democracia portuguesa à vitória.