O PSD não tem cura. Corrijo: tem. Mas só quando o poder serve de cola para juntar os cacos do clube. Sem poder no horizonte próximo, é indiferente saber quem será o próximo líder do partido. Até porque o partido, em rigor, não existe: o que existe são dois partidos – o PPD e o PSD – que se odeiam de morte e que jamais aceitarão a legitimidade do adversário eleito. Não admira, por isso, que Marcelo esteja tão relutante em voltar a descer à Terra. Porque espera uma ‘vaga de fundo’? A ‘vaga’ já ele tem, um espectáculo de histeria que, ironicamente, só fortalece Passos Coelho. O que Marcelo não tem é a certeza de que ganha a liderança e, ganhando, que a guerra civil amaina só porque existe chefe novo. O PSD de hoje é um covil de feras esfomeadas. E quem se mete num covil? Só um louco. [aqui]