QUAL O Nº DE TELEFONE DA EUROPA?
Por Manuel Silva
Por Manuel Silva
Henry Kissinger, quando era responsável pela diplomacia americana, colocou uma vez esta pergunta: qual é o número de telefone da Europa?
Actualmente, o presidente Obama parece nem se preocupar com tal "número". A prova disso é que não esteve presente na cerimónia comemorativa dos 20 anos da queda do muro de Berlim nem participará na cimeira UE/EUA. Nessa altura, estará em visita a outros pontos do globo. Em 9 de Novembro do ano transacto, encontrava-se na China.
Este comportamento de Obama mostra a decadência e diminuição de importância da Europa em geral, e da UE, em particular, no actual contexto da globalização.
A nível económico, cada vez os países da UE têm menos influência mundial, crescendo o seu produto, ano após ano, menos que o dos EUA, ao contrário das previsões da Agenda Lisboa aprovada em 2000. Por outro lado, países como o Brasil, a África do Sul, a Índia, a China, o Chile e tantos outros, vêem os seus níveis de riqueza e bem estar aproximarem-se dos europeus, o que prova beneficiar a globalização mais as nações pobres que a sabem aproveitar que muitas das ricas.
A nível militar, a UE não tem qualquer estratégia digna desse nome. Aliás, nós, europeus, sempre vivemos sob o guarda-chuva protector dos americanos, que foram importantíssimos para a derrota do nazismo e para travar os soviéticos durante a guerra fria.
Quando um país, ou, neste caso, uma união de muitos países, ficam diminuídos a nível militar e a nível económico, fragilizam-se politicamente. Por esse motivo, a administração americana dá mais importância às novas potências emergentes.
Depois de ter feito eleger figuras secundárias para a direcção do Conselho Europeu, estes factos vêm mais uma vez mostrar a fraqueza do federalismo claramente rejeitado pelos povos dos vários países da UE. Afinal o Tratado de Lisboa, constituição europeia mal disfarçada, não estabeleceu, como diria Kissinger, qualquer número de telefone. Tal só poderá acontecer se a UE for uma união de países simultaneamente independentes e solidários, tratados de igual forma e capazes de realizar as necessárias reformas estruturais, especialmente a reforma do estado social, por forma a sair da crise e a fazer crescer a economia e o emprego, bem como de se afirmar militarmente, embora dentro do espírito transatlântico.
Actualmente, o presidente Obama parece nem se preocupar com tal "número". A prova disso é que não esteve presente na cerimónia comemorativa dos 20 anos da queda do muro de Berlim nem participará na cimeira UE/EUA. Nessa altura, estará em visita a outros pontos do globo. Em 9 de Novembro do ano transacto, encontrava-se na China.
Este comportamento de Obama mostra a decadência e diminuição de importância da Europa em geral, e da UE, em particular, no actual contexto da globalização.
A nível económico, cada vez os países da UE têm menos influência mundial, crescendo o seu produto, ano após ano, menos que o dos EUA, ao contrário das previsões da Agenda Lisboa aprovada em 2000. Por outro lado, países como o Brasil, a África do Sul, a Índia, a China, o Chile e tantos outros, vêem os seus níveis de riqueza e bem estar aproximarem-se dos europeus, o que prova beneficiar a globalização mais as nações pobres que a sabem aproveitar que muitas das ricas.
A nível militar, a UE não tem qualquer estratégia digna desse nome. Aliás, nós, europeus, sempre vivemos sob o guarda-chuva protector dos americanos, que foram importantíssimos para a derrota do nazismo e para travar os soviéticos durante a guerra fria.
Quando um país, ou, neste caso, uma união de muitos países, ficam diminuídos a nível militar e a nível económico, fragilizam-se politicamente. Por esse motivo, a administração americana dá mais importância às novas potências emergentes.
Depois de ter feito eleger figuras secundárias para a direcção do Conselho Europeu, estes factos vêm mais uma vez mostrar a fraqueza do federalismo claramente rejeitado pelos povos dos vários países da UE. Afinal o Tratado de Lisboa, constituição europeia mal disfarçada, não estabeleceu, como diria Kissinger, qualquer número de telefone. Tal só poderá acontecer se a UE for uma união de países simultaneamente independentes e solidários, tratados de igual forma e capazes de realizar as necessárias reformas estruturais, especialmente a reforma do estado social, por forma a sair da crise e a fazer crescer a economia e o emprego, bem como de se afirmar militarmente, embora dentro do espírito transatlântico.