18.6.10

Seguindo a lógica do deputado dos gravadores, podíamos celebras todos os acontecimentos no mesmo dia. Criava-se o Dia do Feriado Nacional. De manhã, os católicos mais praticantes iam para as procissões, as viúvas visitavam os cemitérios e António Costa discursava na Praça do Município, em Lisboa. À tarde, os trabalhadores subiam a Almirante de Reis, os militares de Abril desciam a Avenida da Liberdade e Cavaco Silva condecorava ex-combatentes. À noite, as famílias trocavam prendas e os foliões abriam garrafas de champanhe.

Se um feriado é tão insignificante que pode ser celebrado noutra data qualquer, acabe-se com esse feriado – com um verdadeiro equilíbrio entre os civis e os religiosos. Nada de especial a opor. O que não faz sentido é transformar um feriado numa folga colectiva. [mais]