16.8.10

É cedo para fazer qualquer balanço, mas a dimensão de fogos como os que lavraram na zona de São Pedro do Sul, na serra Amarela (Gerês) ou em Lamas de Olo (Alvão) mostra-nos como a abordagem dos últimos anos, ainda muito centrada no combate aos fogos depois de estes se desencadearem, é limitada. Pior: é dramaticamente insuficiente. E é errada.

A primeira razão por que ocorrem fogos de grandes dimensões e consequências catastróficas é a existência de uma excessiva concentração de biomassa em manchas contínuas. Se não houver suficiente madeira acumulada e matos ressequidos, não há fogos. Quando, em contrapartida, existem manchas florestais contínuas de espécies altamente inflamáveis e nunca se limpam as matas, qualquer pequeno acidente ou descuido é suficiente para que, havendo uma ignição, o fogo progrida de forma galopante e incontrolável. Basta estar mais calor e algum vento. [mais]