30.3.15

Presidente da Câmara de Vouzela não quer ver o comboio a passar 
APITÓ COMBOIO...
SÓ SE PARAR EM VOUZELA 
Em tempos idos, o deputado socialista José Junqueiro, numa "troca de galhardetes" com o anterior executivo vouzelense do PSD, apelidou Vouzela como a terra do "apitó comboio". Referia-se, na altura, ao comboio turístico que passeia por aquela vila. Mas Rui Ladeira, actual Presidente, quer ir mais longe e pretende ouvir outro apito: o do comboio de alta velocidade que ligará - quem sabe, se ainda neste século - Aveiro a Vilar Formoso. Mas só o consentirá se tiver (pelo menos) uma  paragem no seu concelho. A única dificuldade é que o comboio é de alta velocidade e, partindo de Aveiro, para poder parar em Vouzela o maquinista só conseguirá ir até à 4.ª velocidade. Se meter a 5.ª, já não travará a tempo. 

Na inauguração em Vouzela do posto de distribuição CTT (de São Pedro do Sul), Ladeira aproveitou a presença do Secretário de Estado dos Transportes, alertando-o para os prejuízos agrícolas que o concelho sofreu até agora com o atravessamento do IP5 e, mais tarde, da A25. Por isso, mais prejuízos para a agricultura vouzelense, sem contrapartidas... jamais! O comboio poderá atravessar o concelho, mas terá de parar obrigatoriamente em Vouzela para servir os passageiros e as mercadorias de toda a região de Lafões . 

Uma atitude altruísta de Rui Ladeira, que permite aos vizinhos de São Pedro do Sul e Oliveira de Frades servirem-se da estação de Vouzela. Só há um pequeno senão. Já se comenta que o Presidente da Câmara de Vouzela terá consultado o Presidente de Lisboa sobre a forma de criar uma taxa turística ferroviária a cobrar aos vizinhos que "aterrem" na estação de Vouzela.

Amigos, amigos... negócios à parte!