Por Manuel Silva
1ª - A viragem do partido ao centro, assumindo a sua posição histórica de partido social democrata e reformista, defensor de uma economia liberal, acompanhada de uma forte componente social.
2ª - Ruptura com o populismo dos últimos tempos, responsável, em grande parte, pela recente derrota nas legislativas.
3ª - recusa de nova aliança com o CDS, a nível nacional, a qual, como se viu, afasta o eleitorado central, beneficiando o Partido Socialista.
4ª - Marques Mendes tem boa formação política e ideológica, dentro dos princípios assinalados na primeira razão, já comprovada nos cargos que exerceu dentro e fora do partido.
5ª - Foi um bom governante (quer como secretário de estado, quer como ministro) e um bom líder parlamentar, numa altura difícil para o PSD, com Guterres no governo e "na mó de cima", quanto a popularidade.
Não entendemos, como alguns analistas, que Luis Filipe Menezes seja tão mau líder como Santana Lopes. É um bom autarca. Foi um bom líder da distrital do Porto. Tem boa formação política e ideológica, não se caracterizando pela mera espuma mediática como Santana.
No entanto, mantém um estilo populista que poderá resultar na Madeira, mas não no continente, como se constatou também nas últimas eleições. Poderá continuar a ser útil ao partido, ajudando-o em futuras vitórias, mas não como líder.
