Por Manuel Silva
Jean Paul Sartre
Hoje, completam-se 100 anos sobre o nascimento do intelectual marxista francês Jean Paul Sartre. Um jornalista da RDP disse ter sido o mesmo o fundador do existencialismo. É MENTIRA. O existencialismo é uma corrente filosófica surgida no séc XVIII como resposta à crise da razão, postulada por Kierkegard.
A filosofia existencialista defendia a afirmação do homem individual e concreto e a busca de Deus. Sartre criou o chamado existencialismo ateu, o qual constitui uma dupla contradição, pois, como vimos, o existencialismo tem por base a crença religiosa. Por outro lado, sendo comunista, Sartre nunca foi capaz de explicar como operar a síntese entre o homem sujeito ao colectivismo e a afirmação individual, apelidada de burguesa pelos mestres do marxismo-leninismo. Aliás, Sartre sempre teve muita dificuldade em explicar muitas coisas e em completar as suas obras. Mas há uma certa "inteligentsia" que ainda o acha um génio, no que é auxiliada por certos jornalistras ignorantes da História passada e recente.
Também em 1905 nasceu em França Raymond Aron, brilhante intelectual defensor da liberdade e combatente contra todos os totalitarismos de direita e de esquerda. A História deu-lhe razão, negando-a a Sartre e outros intelectuais e simulacro de intelectuais "gauchistes". Mas os idiotas úteis de hoje e de sempre continuam a venerar Sartre, tal como tal como a dita "inteligentsia" que condena o capitalismo, mas não dispensa o luxo e os prazeres que o mesmo lhe possibilita.