22.10.05

Sete Espadas
Título original: Qi jian / Seven Swords
De: Tsui Hark
Com: Leon Lai, Charlie Yeung, Donnie Yen
Género: Acç
Classificação: M/12
China/Coreia do Sul/Hong-Kong, 2005, Cores, 150 min.

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No final do século XVII, a Manchúria apodera-se da China e estabelece a dinastia Ching. No meio de inúmeras revoltas, o recém-formado governo imediatamente impõe a proibição do estudo e prática das artes marciais, com o objectivo de estabelecer controlo e ordem imediatos. Fire-Wind é um oficial militar da antiga dinastia que vê nesta situação uma oportunidade de fazer fortuna, ajudando a implantar a nova lei. Insaciável, cruel e imoral, Fire-Wind provoca a destruição e avança pelo noroeste da China com o objectivo de atacar o último reduto; uma velha e "intransigente" cidade conhecida como a Vila Marcial. Mas Fu Qingzhu, um carrasco aposentado da dinastia anterior, sente uma obrigação moral de tentar pôr fim a esta brutalidade e decide salvar a Vila Marcial. Assim, convence Wu Yuanyin e Han Zhibang a viajarem com ele para o distante e mítico Monte Paraíso de forma a procurarem ajuda do Mestre Shadow-Glow, um eremita mestre nas espadas e líder de um grupo de discípulos com um inimaginável domínio da esgrima. O Mestre Shadow-Glow concorda em ajudar, e ordena a ida de quatro dos seus melhores discípulos para os ajudar. Representando o heroísmo e a bondade no seu melhor, eles acabam por ficar conhecidos como os Sete Espadas. Mas na sequência de várias armadilhas, descobrem que pode haver um espião entre eles e terão que o descobrir antes da chegada do exército de Fire-Wind.

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Onde este filme se agiganta é no sopro genérico, numa certa sensitividade dos grandes espaços, no embate entre massas, nas cenas de conjunto, nos inuendos lascivos, na violência desenhada, no gosto pela manipulação cromática, um gozo cinemático que, muitas vezes, quase se destaca da acção, como se Tsui Hark se dispusesse a um prazer desprovido de funcionalidade.
Jorge Leitão Ramos, Expresso de 20/10/2005