Na Rússia persegue-se quem faz sombra ao senhor Putin, torturam-se uns tchetchenos, assassinam-se jornalistas incómodos e prendem-se activistas dos direitos humanos. Foi esta democracia exemplar que Sócrates foi visitar. Os jornalistas estrangeiros, a quem é mais difícil limpar o sebo, voltaram a perguntar ao «kzar» Vladimir sobre a ausência de direitos humanos dos seus súbditos. Respondeu que a União Europeia, com as suas prisões clandestinas ao serviço dos EUA, não dava lições a ninguém. Quem facilita habilita-se a ouvir gracinhas de um «gangster».
Expresso, 02/06/2007