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Desde que Manuela Ferreira Leite ganhou as eleições no PSD (...) Pedro Passos Coelho achou por bem voltar à fase das «opiniões» e, dentro do estilo estou-aqui-estou-me-a-passar-mas-não-consigo-porque-sou-um-pouco-plástico, decidiu opinar sobre si próprio e a sua não escolha (em sim mesmo um portento de desinteresse e humildade). Esperaria o quê? Que Manuela Ferreira Leite o colocasse no Parlamento? Que eu saiba, os compromissos e as alianças de natureza política fazem-se com base em critérios de confiança, cumplicidade e lealdade orgânica. Pedro Passos Coelho ficou de fora? Ficou e, do ponto de vista de um líder partidário, bem. Com esta atitude Manuela Ferreira Leite demonstrou coragem (era bem mais simples «passar-lhe a mão pelo pêlo» a troco de uma paz podre) e, acima de tudo, demonstrou que não é hipócrita. Teria sido imprudente caso o preterido fosse uma sumidade com créditos firmados, dono de uma «estrutura» intelectual inestimável. Parece-me não ser o caso.