FEDERALISMO E CINZENTISMO DOMINAM A UE
Por Manuel Silva
Por Manuel Silva
Aprovado o Tratado de Lisboa pelos 27, foram eleitos o Presidente do Conselho Europeu, Van Rompuy, primeiro-ministro belga, e a "ministra" dos Negócios Estrangeiros da UE, Catherine Ashton, ex-ministra da Justiça do Reino Unido.
Alguma vez o leitor ouviu estes nomes? Mas já ouviu, certamente, falar de Tony Blair, Jean Claude Junker, José Maria Aznar, ou Felipe Gonzalez. Todos eles foram potenciais candidatos ao cargo para que foi eleito Van Rompuy. Porque não foi então escolhido nenhum daqueles nomes, bem conhecidos e com competência demonstrada no exercício da liderança governamental dos seus países, mas alguém que apenas governa a Bélgica há um ano e é considerado um cinzentão? E porque será a "senhora PESC" alguém que não tem experiência diplomática nenhuma? Atenção, que esta senhora baronesa vai ter um enorme poder, pois, além de membro do Conselho, será vice-presidente da Comissão Europeia.
Por um lado, como afirmava Pacheco Pereira na edição do "Público" do passado dia 21 (sábado), tendo em conta que os governos europeus cada vez são mais frágeis e quem domina os 27 é a "burocracia bruxelense de primeira", não espanta que sejam indicados para os cargos máximos da UE burocratas de segunda. Por outro lado, nas costas e contra a vontade dos cidadãos, está-se a caminhar para uma Europa Federalista, dominada pelo eixo franco-alemão. Por isso, Sarkozy e Angela Merkel ficaram radiantes com estas escolhas. Pudera!... Blair, Aznar, ou Gonzalez, não lhes aparariam o jogo. O governo de Sócrates, como sempre, vai no rebanho, tal como, aliás, o PSD, que, como o PS, mentiu ao povo português, prometendo um referendo sobre o Tratado em causa, dando, posteriormente, o dito por não dito, e o CDS quando, após a fase nacionalista imitativa de Le Pen ou Heider, passou a euro-calmo, expressão que nunca ninguém soube o que significava. Para Portas, tal também não terá grande importância. É mais um "sound-bite", típico de quem não tem qualquer projecto de futuro...
Alguma vez o leitor ouviu estes nomes? Mas já ouviu, certamente, falar de Tony Blair, Jean Claude Junker, José Maria Aznar, ou Felipe Gonzalez. Todos eles foram potenciais candidatos ao cargo para que foi eleito Van Rompuy. Porque não foi então escolhido nenhum daqueles nomes, bem conhecidos e com competência demonstrada no exercício da liderança governamental dos seus países, mas alguém que apenas governa a Bélgica há um ano e é considerado um cinzentão? E porque será a "senhora PESC" alguém que não tem experiência diplomática nenhuma? Atenção, que esta senhora baronesa vai ter um enorme poder, pois, além de membro do Conselho, será vice-presidente da Comissão Europeia.
Por um lado, como afirmava Pacheco Pereira na edição do "Público" do passado dia 21 (sábado), tendo em conta que os governos europeus cada vez são mais frágeis e quem domina os 27 é a "burocracia bruxelense de primeira", não espanta que sejam indicados para os cargos máximos da UE burocratas de segunda. Por outro lado, nas costas e contra a vontade dos cidadãos, está-se a caminhar para uma Europa Federalista, dominada pelo eixo franco-alemão. Por isso, Sarkozy e Angela Merkel ficaram radiantes com estas escolhas. Pudera!... Blair, Aznar, ou Gonzalez, não lhes aparariam o jogo. O governo de Sócrates, como sempre, vai no rebanho, tal como, aliás, o PSD, que, como o PS, mentiu ao povo português, prometendo um referendo sobre o Tratado em causa, dando, posteriormente, o dito por não dito, e o CDS quando, após a fase nacionalista imitativa de Le Pen ou Heider, passou a euro-calmo, expressão que nunca ninguém soube o que significava. Para Portas, tal também não terá grande importância. É mais um "sound-bite", típico de quem não tem qualquer projecto de futuro...