Pelos detalhes que se conhecem, a sondagem realizada há uma semana em São Pedro do Sul fornece ao PSD uma só conclusão: permitir que o candidato do PS continue a fazer campanha no terreno sem adversário, só tem dois beneficiários - Vítor Figueiredo e o actual Presidente.
Ao candidato do PS não interessa atacar o Presidente, já que este não se pode recandidatar e a este muito menos interessa ser atacado. Esta situação beneficia a imagem do Presidente e a cotação do candidato do PS. Naturalmente!
Curiosamente, a estratégia foi sendo testada com sucesso em actos eleitorais sucessivos, sendo um Presidente da Junta e o outro Presidente da Câmara por partidos diferentes. E isso servia os dois partidos.
Só que agora é diferente. Sendo candidato, a cotação de Vítor Figueiredo serve o PS; não sendo candidato, o desempenho do Presidente da Câmara só serve o ego do próprio. O PSD ainda não deu conta que de pouco lhe vale eleitoralmente um presidente que não se pode recandidatar se não tiver um candidato no terreno.
Concluindo, se o PSD protelar a escolha do candidato, avança-se já com a indicação da próxima sondagem: Vítor Figueiredo a subir na cotação, António Carlos Figueiredo a subir na popularidade... e o PSD com cada vez menos alternativas.
