26.11.13

BARÓMETRO CARICAS 
Novo executivo passa primeiro teste

Sem surpresas! Ultrapassado o primeiro mês em funções, o novo executivo de São Pedro do Sul vive ainda o natural estado de graça pós-eleitoral. Não comprometeu, nem foi além das expectativas que, diga-se em abono da verdade, nunca foram muito elevadas. Só por este facto, merece nota moderadamente positiva.

Vítor Figueiredo
- O novo presidente entrou demasiado ansioso, deixando transparecer em alguns momentos excesso de frenesim. Transmitiu insegurança ao delegar a maioria dos pelouros, mas fê-lo conscientemente. Reservou para si, e em exclusivo, a tarefa onde se sente como peixe na água: fazer política - atitude acertada! Já ensaiou, com êxito, algumas tiradas populistas bem ao seu jeito (a oficina domiciliária é um bom exemplo). Cada um joga com as armas que tem. E, neste campo, Vítor Figueiredo joga sempre com "o baralho todo". Mas nem tudo são rosas. Tentar popularidade à custa da reputação dos funcionários (entrevista ao jornal Diário de Viseu) colhe no imediato mas, a médio prazo, pode não render tanto quanto isso.

Pedro Mouro - Nomeado vice-presidente, é o homem forte do executivo. Por ele passam todas as matérias sensíveis do município. Em contraste com o presidente, que assume quase sempre o papel de bulldozer, este super-vereador tem sido discreto e ponderado na gestão dos inúmeros pelouros. Tem revelado o total controle da "máquina". É, decididamente, o homem do leme.

Francisco Matos - Esperava, decerto, outras atribuições. O número dois de Vítor Figueiredo perdeu a vice-presidência para Pedro Mouro e, em matéria de pelouros, é o parente pobre do executivo socialista. Possui larga experiência autárquica, mas aparenta não se ter integrado ainda na nova equipa. Resta-lhe de substancial o pelouro dos jardins. Para uma avaliação concreta, terá de se aguardar a chegada da Primavera.

Teresa Sobrinho - É o rosto simpático do executivo. Responsável pelo delicado pelouro da educação, é cedo demais para uma avaliação pedagógica. Geriu sem sobressaltos este curto espaço de tempo. A proximidade às associações de pais deu-lhe relevância no passado e poderá facilitar-lhe a tarefa no presente. Aguardemos pelo futuro.


OPOSIÇÃO

O PSD tenta recompor-se do desaire eleitoral. Só no início do ano será eleita nova direcção política. Até lá, Ester Vargas assume o rosto da oposição ao executivo. Não foi feliz na primeira Assembleia realizada esta semana. Permitiu votações desfasadas da bancada e a intervenção despropositada de um deputado do  grupo, em defesa de um familiar directo. É certo que foi a primeira que liderou, mas ficou patente a falta de coordenação. Aguardemos pela próxima. Tem ainda crédito para rectificar.